A IMPORTÂNCIA DE VACINAR SEU PET EM DIA

Sabemos que ter a vacinação humana em dia é de suma importância e com os nossos pets não é diferente. Por isso, chamamos a nossa Médica Veterinária Aline Nunes (CRMV 14147) para falar sobre o assunto e esclarecer qual o protocolo vacinal correto. Mas, primeiro ela tem um alerta a fazer.
“Antes da administração de vacinas deve-se avaliar no animal os fatores que podem influenciar na capacidade de responder à vacina ou indicar se a vacinação poderá ser prejudicial”.
COMO SABER SE MEU ANIMAL ESTÁ APTO PARA SER VACINADO?
Antes de vacinar é preciso que seu pet passe por uma consulta com um Médico Veterinário para que ele avalie o animal clinicamente e também solicite um exame de sangue pré-vacinal. Abaixo você pode conferir alguns fatores que devem ser levados em consideração antes da vacinação:
Temperatura: Animais com hipotermia (temperatura baixa) são incapazes de responder apropriadamente à vacinação. Assim como animais com temperaturas acima de 39,7ºC tem resposta baixa ao vírus da cinomose canina, o que pode acontecer com outras vacinas.
Imunidade:Animais com imunidade comprometida, incluindo aqueles com parvovirus canino, Ehrlichia canis (doença do carrapato), leucemia felina (FeLV) podem não responder de maneira apropriada à vacinação.
Filhotes caninos e felinos: É importante a avaliação clínica porque algumas doenças podem estar no período de incubação quando o animal foi vacinado e sinais e sintomas característicos de doenças só podem ser diagnosticadas pelo Médico Veterinário.
QUANDO O ANIMAL DEVE TOMAR A PRIMEIRA DOSE DE VACINA
A primeira vacina do seu pet deve ser ministrada entre a 6ª e a 12ª semana de idade e gatos e cachorros devem tomar vacinas diferentes.
Felinos:
Quádrupla felina (contra Calicivirose, Rinotraqueíte, Panleucopenia e Clamidiose dos felinos) e um reforço após 3 – 4 semanas.
Animais testados e negativos para FeLV (Vírus da Leucemia Felina) poderão receber a quíntupla felina.
Todos os felinos devem ser vacinados contra raiva com 12 a 16 semanas.
Caninos:
Vacinas polivalentes (protegem contra cinomose, adenovírus, vírus da parainfluenza canina, parvovirose canina, coronavirose e leptospirose) com dois reforços, ambos com intervalos de 3 – 4 semanas, totalizando 3 aplicações.
A vacina antirrábica deve administrada com 12 semanas. Indicada também vacina contra Traqueobronquite Infecciosa (“Tosse dos Canis”), causada pela bactéria Bordetlla bronchiseptica.
Vacina contra Giardia também pode ser introduzida no protocolo vacinal, realizando duas doses.
Após seguir esse protocolo de vacinação, será necessário receber reforço anual com uma dose de cada.
REAÇÕES
Se nas primeiras 24 horas após a aplicação da vacina o animal encontra-se prostrado, febril e recusando a alimentação, provavelmente, seu pet teve reação adversa à vacina ministrada, o que pode ocorrer potencialmente com qualquer vacina. Os sintomas irão normalizar em até 72 horas, mas recomendamos levar o animal ao hospital assim que sejam notados esses sintomas.
Um aumento de volume no local da injeção também pode ocorrer, mas são mais comuns em felinos.
Por fim, Aline deixa um alerta para os tutores dos animais:
“É sempre melhor prevenir a tratar as infecções. Além dos custos onerosos com o tratamento das doenças infecciosas, há possibilidade de óbito nos animais de estimação. Muitos dos agentes causadores estão no ambiente e podem ser transmitidos pelo contato com o meio contaminado. Assim, para evitar que os animais desenvolvam a doença é sempre recomendado manter o protocolo vacinal em dia e deixar seu animal livre de doenças.”
A vacinação do seu pet está em dia?