Quimioterapia animal: conheça sua aplicação terapêutica e seus mitos

Quimioterapia animal: conheça sua aplicação terapêutica e seus mitos
Quando a gente escuta que o nosso animalzinho precisa fazer quimioterapia muitos medos e dúvidas surgem na nossa cabeça, afinal, câncer é uma doença séria e perigosa! Pensando nisso, resolvemos desmistificar o tema junto com o Dr. Plinio Araújo (CRMV-RJ 8070), médico oncologista do HPMV.
Você sabia que sabia que além de evitar a reprodução desordenada dos pets, por meio da castração também é possível prevenir algumas doenças, como o câncer de mama e de próstata? Saiba mais sobre os benefícios da castração aqui!
Para entender o processo quimioterápico no corpo dos nossos pets, vamos primeiro conhecer a sua história.
ORIGEM DOS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS
Apesar de o câncer ser uma doença milenar a aplicação terapêutica da quimioterapia antineoplásica é relativamente recente. O tratamento de eleição para as neoplasias, durante muito tempo, era restrito a ressecção cirúrgica do tumor, removendo suas raízes por completo. Somente no século XX, a quimioterapia começou a ser empregada. Atualmente, na Medicina Veterinária, há dezenas de medicamentos que podem ser usados como aliados no tratamento de tumores e é através deste procedimento que os médicos conseguem aumentar a expectativa e qualidade de vida dos seus pacientes.
O QUE É A QUIMIOTERAPIA
A quimioterapia é uma aplicação sistêmica ou regional do fármaco, que tem a capacidade de destruir as células neoplásicas e interromper a sua multiplicação. Porém, esses fármacos não são seletivos e não conseguem atacar somente as células cancerígenas e acabam por afetar as células saudáveis também.
“Antes de iniciar o tratamento de quimioterapia o animal precisa passar por uma avaliação médica e também realizar exames laboratoriais para saber se está apto para iniciar o procedimento. A meta principal da quimioterapia é beneficiar o paciente” explicou Dr. Araújo.
INDICAÇÕES
A quimioterapia é indicada para tumores que não podem ser submetidos à cirurgia ou radioterapia e também para aqueles animais que não respondem a cirurgia ou ao tratamento de radioterapia.
Outra indicação da quimioterapia visa prolongar a sobrevida do paciente após esses tratamentos (cirurgia e radioterapia) e tem como objetivo controlar a recidiva do tumor e/ou retarde a progressão da metástase (quando o câncer se espalha além do local onde começou - origem - para outras partes do corpo).
“A resposta do paciente ao tratamento depende de fatores individuais do animal, da sensibilidade das células do câncer e do protocolo que o médico vai utilizar” ressaltou o Dr.
Se o seu pet está precisando de quimioterapia, marque uma consulta com o Dr. Plinio Araújo aqui no HPMV.
Unidade Padre Miguel: Rua Professor Clemente Ferreira, 06.
segunda-feira: de 13h às 19h
quinta-feira: de 09 às 19h
Atendimento com hora marcada. Ligue: 3180-0154
PRINCIPAIS TIPOS DE QUIMIOTERAPIA
Poli quimioterapia: é a combinação de mais de um agente e tem como objetivo atingir um grupo de células em diferentes fases do seu ciclo.
Quimioterapia curativa: é denominada assim na Medicina Veterinária quando o fármaco, como tratamento principal, consegue a remissão completa do tumor. É válida somente em alguns tipos de neoplasias.
Quimioterapia neoadjuvante: é chamada assim quando visamos ter a redução parcial do tamanho do tumor, facilitando a sua retirada cirúrgica.
Quimioterapia adjuvante: é indicada como tratamento complementar à cirurgia. O objetivo é eliminar as células que ficaram residuais ou circulantes pelo corpo do paciente.
Quimioterapia paliativa: é utilizada para melhorar a qualidade de vida do paciente e diminuir os sinais clínicos causados pela evolução do tumor. Esse tipo de quimioterapia não tem finalidade curativa.
EFEITOS ADVERSOS:
Como falado anteriormente, a quimioterapia não é um processo seletivo onde somente as células cancerígenas são atingidas. Por isso, algumas vezes, os efeitos colaterais causados pelo fármaco podem vir a interferir no resultado do tratamento e, o mesmo, deve ser suspenso.
“O Médico Veterinário deve orientar o tutor do animal de todos os efeitos e riscos do tratamento. É importante que o tutor saiba que o objetivo da quimioterapia em alguns casos é somente aumentar a sobrevida do animal e oferecer a ele uma qualidade de vida melhor. Raramente o nível de toxicidade do tratamento nas células não neoplásicas pode levar o animal ao óbito. Geralmente esses efeitos são reversíveis e o tecido normal se recupera rapidamente” salientou Dr. Plinio Araújo.
Os principais efeitos colaterais são gastrointestinais, tais como: diarreia, fezes amolecidas, vômito, perda e/ou redução de apetite e náuseas, além dos decorrentes da supressão da medula óssea (esse é um dos fatores limitantes mais importantes da quimioterapia).
O PELO DO MEU ANIMAL VAI CAIR?
Essa é a pergunta mais ouvida no consultório do Dr. Plinio Araújo e a resposta é: raramente.
“A alopecia, perda de pelo, é incomum nos animais. Sua forma generalizada é rara. As raças que tendem a apresentar crescimento de pelagem mais constante como os Poodles, os Terriers e o SheepDog são mais predispostos. Já nos gatos pode ocorrer a perda das vibrissas, que são os bigodes. Em geral o pelo volta a crescer após o tratamento. Outra alteração que pode ocorrer é na coloração e na consistência do pelo” concluiu o Dr.
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